
10 anos no Canadá: mais canadenses a cada dia
![]() |
10 anos da nossa chegada! |
Eis que chegamos a um marco na nossa carreira de imigrantes, uma década de país novo, de recomeço e de readaptação. Com 10 anos no Canadá, não nos sentimos mais “newcomers” obviamente, nos sentimos seguros e adaptados. Aliás, não é coisa de década, já são alguns anos que nos sentimos assim.
Nos acostumamos com as regras, os costumes e como as pessoas são por aqui. Claro, sendo uma país com grande número de imigrantes e sendo que muitas coisas aqui são distintas daquelas que aprendemos nos nossos 25 anos de Brasil, o aprendizado nunca pára totalmente. Tem sempre algo novo a aprender, alguma cultura nova para conhecer um pouco mais, algum lugar que a gente ainda não foi, amizades novas e tudo mais.
Vou citar algumas coisas que eu acho que adaptamos ao nosso jeito de ser e personalidade nesses 10 anos por aqui. As pessoas mudam ao longo dos anos e com certeza, o fato de estarmos aqui, influenciou muito nas pessoas que somos hoje, como cidadãos, pais e pessoas no geral.
1. SER MAIS PACIENTE
Digo com coisas que vão além das nossas possibilidade de mudar. No geral, em casa, eu estou precisando de mais paciência, eu admito.
Mas me refiro a coisas do nosso dia-a-dia inclui exercitar a paciência e vamos combinar, na vida de todo mundo, em qualquer canto do planeta. Me refiro mais especificamente as coisas que aprendemos a nos acostumar por aqui, por exemplo, o sistema de saúde (que muitas vezes requer paciência sim, pois pode demorar) e o trânsito (Ottawa ou melhor, no subúrbios de Ottawa o trânsito é tranquilo, mas tem sempre aquelas pessoas que estão dirigindo, mas não deviam!) e no geral, o dia-a-dia.
Claro, que eu era bem mais calma
Mas me refiro a coisas do nosso dia-a-dia inclui exercitar a paciência e vamos combinar, na vida de todo mundo, em qualquer canto do planeta. Me refiro mais especificamente as coisas que aprendemos a nos acostumar por aqui, por exemplo, o sistema de saúde (que muitas vezes requer paciência sim, pois pode demorar) e o trânsito (Ottawa ou melhor, no subúrbios de Ottawa o trânsito é tranquilo, mas tem sempre aquelas pessoas que estão dirigindo, mas não deviam!) e no geral, o dia-a-dia.
Claro, que eu era bem mais calma
2. CUIDAR DO PRÓPRIO NARIZ
Como diríamos por aqui “mind your own business” e se refere a que aprendemos que as pessoas são bem mais introspectivas e usam seu tempo para se preocupar com sua vida, organizar suas coisas, usar seu dinheiro para o que quiser e fazer escolhas que façam sentido pra sua vida.
Claro, tem gente que bisbilhoteira e que toma muito tempo se preocupando em saber da vida dos outros, sem motivo aparente em todo lugar.
Claro, tem gente que bisbilhoteira e que toma muito tempo se preocupando em saber da vida dos outros, sem motivo aparente em todo lugar.
Mas o fato, não se importar muito com o que os outros vão pensar, em coisas que realmente não dizem respeito as outras pessoas ou afetem ninguém, sem ser nós mesmos.
Acho que uma das coisas que vem a minha cabeça é a questão de comparação com a vida alheia. Isso tem em todo lugar, literalmente, mas vejo que aqui o pessoal se preocupa menos com isso.
3. CONSUMISMO
Tento a cada dia me tornar mais minimalista, na prática mesmo, pensando muito bem antes de comprar alguma coisa e me perguntando, eu realmente preciso disso ou é só um impulso?
Nos nossos primeiros anos aqui, eu me emocionava mais com lojas, marcas, outlets e não via a hora de ir às compras. Não sei se isso é só coisa de ter mudado meu ponto de vista ou é só os anos passando e a gente se tornando mais experientes (adultos, preocupados com o futuro = gastos e mais pra frente, aposentadoria), que hoje preferimos colecionar mais experiências do que coisas.
Nos nossos primeiros anos aqui, eu me emocionava mais com lojas, marcas, outlets e não via a hora de ir às compras. Não sei se isso é só coisa de ter mudado meu ponto de vista ou é só os anos passando e a gente se tornando mais experientes (adultos, preocupados com o futuro = gastos e mais pra frente, aposentadoria), que hoje preferimos colecionar mais experiências do que coisas.
Por anos, preferimos planejar e fazer viagens, a ter um carro mais novo, por exemplo. Preferimos ir a algum passeio a investir num video game e passar horas dentro de casa. São escolhas totalmente pessoais, eu sei.
4. “FRIEZA” CANADENSE
Tem gente que me pergunta se os canadenses são frios, pouco amigáveis e tal e isso foi sim, mais um aprendizado que tivemos com o passar dos anos.
O jeito canadense de fazer amizades e se relacionar com as pessoas bem diferente do jeito brasileiro de ser. As relações de amizades (pelo menos no nosso circulo de amizades) são de forma geral, menos intensos e acontecem mais lentamente. Exemplo, você pode trabalhar há anos com alguém e nunca ter ido na casa da pessoa ou conhecer a família dela (e ainda se considerar próximo!). Você pode falar que vai fazer uma festa de aniversário para algum vizinho ou colega de trabalho e não convidar a pessoa em questão, é normal. Os canadenses falam as opiniões mais claramente, ou eu diria, mais honestamente – tipo já ouvimos, tanto eu como Diego, de homens e mulheres no nosso trabalho, que estávamos parecendo cansados/acabados naquele dia – um elogio ao inverso.
As pessoas são um pouco mais fechadas no começo, mas depois que se criam uma afinidade, os canadenses são ótimos amigos sim, é só se acostumar com o menor apego e, digamos assim.
5. JEITO CANADENSE DE SER EDUCADO
Realmente o sorry entrou na meu vocabulário diário e saio largando sorry e thank you pra tudo que é lado. Manter a porta aberta para as pessoas, deixar alguém passar primeiro num cruzamento, esperar mais uma pedestre atravessar a rua. Acho que são coisas que me acostumei bem mais profundamente, desde que estou aqui.


2 Comments
Flávio Lima
Olá Casal!
Eu gostei das informações.
Acho um grande desafio fazer amizades quando se imigra. Pois é começar os relacionamentos tudo do zero, na maioria das vezes, exceto talvez, quando a pessoa encontra outros da mesma nacionalidade.
Pelo que deu a entender, é que precisa ter muita paciência pra criar vínculos, mas é possível.
Adriane Jungues
Olá! Que legal que você gostou do post!
Acho que sim, é super possível fazer amizades com pessoas da mesma nacionalidade (mais fácil, geralemente), mas também com locais. É importante lembrar que os costumes e modo de pensar podem ser diferentes e é importante levar isso em consideração.
Abraço!