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Canadian ways

E ontem lembramos que falta mais ou menos 1 mês e meio pra completarmos 6 anos em terras canadenses. Wow, aprendemos tanta coisa sobre morar em um outro país, mas sobretudo, aprendemos a nos virar nos 30, literalmente (mais recentemente – if you know what I mean…). Vivenciamos na pele diversos desafios e muitas conquistas. Aiai…
Hoje, na verdade, queria listar aqui algumas peculiaridades aleatórias que volta e meia se mostram nos nossos dia-a-dias. Coisas que não se aprende em cursos de inglês (ou francês), palestras canadenses ou mesmo quando alguém que mora aqui te conta…
– Lembro que no cursinho de inglês, ainda no Brasil, eu aprendi que você chega num lugar pra comprar comida e fala, por exemplo: I would like a sandwich, please! Só que aqui, na prática, geralmente as pessoas pedem nos fast-food ou cafés da seguinte maneira: Can I have a sandwich, please! Pequena diferença…
– Lembre-se que os tamanhos de café aqui está em outro patamar. Cuidado pra não acabar afogado um balde de café… hehehe
/// Café no Starbucks é maior que o do Tim Hortons ///

– Estar de pijama não é motivo pra não sair em público. Nem falta de escova de cabelo.
– Canadenses geralmente eliminam a sessão beijos e abraços na chegada e saída de festividades ou eventos. Pra nós, brasileiros, sempre tem aquele, oi, tudo bom? e dois beijinhos (3 pra muito pessoal no sul). Aqui, ás vezes, rola um beijinho e um semi-abraço na chegada (geralmente entre as mulheres) e só um tchau e agradecimentos sem beijinho na saída. 
Eu já me acostumei com essa moda!
– Na hora de sair de uma festa/evento, que você foi convidado, é muito comum dizer pro dono da festa: Thanks for having us! ao invés de Thanks for inviting us!. Puramente coloquial essa, eu diria.
– Nunca deixe de tirar os calçados quando adentrar uma casa por aqui. E não só em casas, em diversos lugares públicos (parques infantis cobertos, locais de eventos), você é convidado a tirar os sapatos. Resultado: meus calçados, especialmente os de salto, estão totalmente aposentados. Já não vamos a muitos eventos que requeiram salto alto (da minha parte obviamente) e ainda por cima tem que tirar quando chega… 🙂
– Sorry é usado em abundância. Você espirrou perto de alguém no corredor do mercado? Sorry. Você esbarrou na prateleira perto de alguém no mercado? Sorry (pra prateleira e pro indivíduo). 
– Pergunta mais frequente quando se tem filhos: How old? (Que idade tem?) Muita gente prefere não incluir “he” ou “she” na pergunta pra não ofender os pais. Vai que a pessoa chuta errado o sexo da criança? Mas muita gente erra também, especialmente quando são menores (até 1 ano mais ou menos).
Já teve gente que pediu que idade tinha nosso menino, isso que Alice estava toda de rosa. Vai saber? #okrosanaoésócordemenina
– Muita gente idosa trabalha por aqui. Caixa de mercado e recepcionistas em lojas são os lugares que mais vejo.
– Já devo ter comentado, pouquíssima gente tem faxineira, jardineiro, babá, manicure ou qualquer tipo de ajuda pra manter a casa e a família. Todo mundo põe a mão na massa com o que pode. 
– Não é permitido beber em público. Mesmo em festivais ao ar livre, somente é permitido em lugares indicados, geralmente dentro de uns pátios cercados…
– Não é possível comprar bebidas alcóolicas no mercado ou em posto de combustível (exceção do Quebec).

– Falando em combustível. Todo mundo abastece seu próprio carro (a grande maioria você paga direto na bomba). Faça sol ou chuva, +30 ou -30ºC, neve ou gelo. Pouquíssimos postos tem serviço de frentista (só sei de 1 aqui na área oeste de Ottawa, pra se ter uma idéia). Estamos super acostumados com isso, mas com -30ºC a gente até que sonha no frentista vindo e nos deixando no quentinho.

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Estão aí alguns exemplos de coisas que só se aprende vivenciando. Isso em qualquer lugar, pode ser mudando de cidade, não só de país e hemisfério.
PS. provavelmente esqueci de muita coisa.

Beijos!

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