10 dicas | Viagens com bebês até 2 anos
Para quem acompanha o blog já deve estar óbvio que adoramos viajar. Tentamos escapar cada vez que as estrelas se alinham e nos permitem. Tanto o fato de temos os dogs ou termos filhos não impede que possamos viajar por aí, só é preciso roteiros diferentes, menos correria, muito mais paciência etc.
Desde quando éramos só dois, sempre pensávamos na questão de continuar curtindo coisas que sempre gostamos, de forma diferente, é verdade, mais ainda sim aproveitando.
Alice é uma parceira de viagem e tanto, mas dá um bom trabalho viajar com criança, isto é um fato. Nestes quase 2 anos de parenthood, adquirimos um bocado de experiência e truques pra minimizar o stress, tanto em nós como nela, e aproveitar ao máximo qualquer viagem que fazemos.
Aqui vai um lista de dicas (totalmente minha própria opinião – longe de ser regra ou oráculo – é o que funcionou e/ou funciona pra nós):
1. Horário da viagem
Já tivemos diversos horários de vôos e deu pra ter uma idéia do que é melhor. Por exemplo, saímos uma vez, antes do sol nascer de casa pra pegar o vôo antes das seis da manhã. Achamos que ela acordaria pra tirar o pijama e tal, mas nada disso aconteceu, ela só foi dormir muito depois. De todas as combinações, estamos preferindo as viagens que começam mais pro fim do dia ou overnight (durante a noite), logo a hora de dormir chega e com sorte, ela dorme no vôo, até a chegada.
2. Malas
Uma pessoa a mais, eba, mais malas e mais espaço pra levar (e trazer) coisas. Certo? Errado!! Estamos reduzindo bagagem a cada viagem pra evitar o transtorno que elas proporcionam (carregar, taxis grandes, etc).
Também tem o fato que temos sempre a tendência de levar muito mais coisas que o necessário. Fazer as combinações de roupas ajuda e lavar a roupa numa lavanderia próxima (ou no hotel) é uma coisa que sempre consideramos hoje em dia.
3. Carrinho/stroller
Mais uma razão pra levar menos malas. O carrinho é um item essencial. Na viagem ao Brasil e à Europa, optamos por levar nosso carrinho grande, que apesar de ser compacto, toma um bom espaço.
Mas foi essencial pras longas caminhadas e boa opção pra sonecas (quando a Alice ainda tirava sonecas no carrinho).
Na última viagem, à Flórida, optamos por um carrinho dobrável, por aqui chama umbrella stroller. Bem leve e compacto, foi uma boa opção, especialmente pras longas caminhadas nos aeroportos (nosso portão de embarque é sempre o último!) e pra circular nos parques.
Falando em parques, na Disney, você pode alugar um carrinho, tanto simples ($15) como duplo ($31), por dia. E tanto os parques da Disney como da Universal, são super preparados pra crianças e carrinhos, tanto que todas as atrações pra crianças tem estacionamento de carrinhos, nas proximidades do acesso da atração.
Você deixa o carrinho lá e vai (pessoal deixava até bolsas, roupas, brinquedos e ninguém mexe).
4. Sling/Carrier
Também conhecidos de canguru, pois a criança fica penduradinha. Eu, particulamente, sou grande fã dos slings, tanto que uso até hoje.
Usamos por diversas vezes o wrap sling, aquele que você enrola e amarra no corpo, mas pras viagens preferimos aqueles pre-ajustados que tem mais suportes pras costas e ombros.
Alice tirou várias (pra não dizer todas) as suas sonecas no sling durante a viagem à Florida. Usamos o da Ergo e está super aprovado.
Também é super útil pra lugares que você não pode entrar com o carrinho, coisa bem comum na Europa, com seus diversos lugares pequenos, que pecam em acessibilidade ou que muito lotados, muitos deles onde carrinhos são proibidos. Por exemplo, Palácio de Versailles, você só pode usar o carrinho nos jardins e arredores, mas a visita dentro do palácio não permite o uso do carrinhos.
O sling/canguru foi a nossa salvação.
5. Amamentação
Alice sempre foi e ainda é fã de um momentinho sossegada, eu e ela. Eu tive sucesso em amamentar ela, apesar do começo não ter sido um mar de rosas, tanto que ainda continuamos por esses quase 2 anos.
Durante as viagens, sempre que ela pedia, parávamos e ela mamava, aonde quer que estivéssemos. Sempre usei essa capa protetora de amamentação, que dá privacidade pra nós duas e evita olhares curiosos ou maldosos. Nunca tivemos um problema sequer com isso.
6. Comida
Na Europa, ela só comia papinhas de legumes, cereais e frutas e depois que terminaram as que eu levei na mala para os primeiros dias, não tivemos maiores problemas em achar no mercado onde quer que estivéssemos (só achei que tinha bem menos opções).
Já na Disney, com nossa moçinha mais comilona, optávamos por alguma carne grelhada com vegetais e arroz, que é o que ela mais gosta de qualquer forma.
Sempre ouvi falar na história que só se come perna de peru, batata frita e hambúrger na Disney, mas tem muitas opções saudáveis por lá também.
Massas, saladas com frango e frutas já picadinhas são vistas bem frequentemente por lá e custam tudo numa media de $9 por prato.
Claro, que em qualquer viagem que fizemos que se estenda por mais de alguns poucos dias, procuramos ir até uma feira ou mercado, para comprar frutas frescas e alguns lanchinhos pra evitar gastos exagerados e ter que se render à porcarias (mais conhecidos como salgadinhos etc).
Mas claro, isso varia muito, dependendo do que você e seu bebê é acostumado. Tem gente que prefere pegar apart-hotel com cozinha e fazer as comidinhas do bebê. Eu acho que isso restringe muito e sempre quisemos acostumar ela a comer o que tivesse disponível (escolhido por nós, claro).
Há poucos meses, preferíamos pegar nossa refeição de sempre e dividir entre nós 3. Geralmente é algum prato que tenha algo que ela possa comer também.
Hoje em dia, estamos começando a usar os pratos de criança pra Alice, já que ela come mais agora, com 18 meses, mas continuamos dividindo com ela o que escolhemos também (você vira pai e mãe e nunca mais come algo sem dividir – fato!).
7. Na bolsa
Eu diria que é sempre bom ter alguns item chave em mãos para evitar surpresas e choradeiras. Eis as coisas que sempre temos na bolsa:
- Protetor solar
- Lanchinhos
- Alguns brinquedos
- Boné ou chapéu
- Ultimamente – tablet carregado (salvação!) ou celular
- Copinho de água
Isso claro, sem falar no básico, como fraldas, lenços umedecidos, pomada assaduras (só para eventualidades), remédios de primeira necessidade (para febre etc), uma ou duas mudas de roupa e um casaquinho.
8. Fraldas e trocas
No Canadá e Estados Unidos, quase todo lugar tem trocador de fraldas nos banheiros femininos. Nos lugares mais novos, tem também no banheiro masculino, e achamos ótimo para quando Alice quer que o daddy troque a fralda dela.
Também não tem maiores problemas se você está na rua e precisa entrar em algum estabelecimento por causa de uma emergência fraldal (ok, eu inventei o termo).
Na maioria dos lugares você nem precisa pedir pra usar o banheiro, é só entrar e ir usando, mas mesmo em lugares como restaurantes, acho bem improvável alguém te barrar se você pedir pra usar o banheiro com uma criança no colo, especialmente no Canadá.
Na Europa a história é totalmente outra. Cansei de trocar Alice no chão dos banheiros (sob um trocador lavável que temos na bolsa, mas ainda, no chão!), isso quando achávamos um banheiro acessível.
Muitos dos lugares públicos, com estações de trem e até no McDonalds, você tem que pagar pra usar o banheiro de forma geral. Coisa de $25 a $75 centavos de Euro. Ok, pelo menos tinham trocador. Mas na maioria das vezes, além de ser difícil de achar banheiros, você tem que estar pagando pra poder usufruir do banheiro (jantando ou pago entrada).
Enfim, tarefa árdua. Como era relativamente quente, trocamos fraldas da Alice ao ar livre, algumas vezes.
Agora nosso próximo desafio é potty training (treinar pra usar o penico) e vai ser toda uma diferente experiência. Vamos sempre levar o penico à tira-colo? Só vamos em lugares que tiverem banheiros nas proximidades? Fica o mistério.
9. Ritmo
Imagino que essa é meio óbvia. Seu ritmo de viagem não será mais o mesmo com crianças.
É preciso ter um roteiro meio flexível e muita, mas muita, paciência, especialmente depois que eles começam a andar.
Tem pausa pra lanchinho, talvez pra soneca, pra curiosidade sem fim, pra juntar brinquedo que caiu e por milhares de fotos a mais que você teima que quer tirar, mas eles não!
10. Restrições
Na Disney, muitas das atrações tem restrição de altura e eles não abrem exceções por questões de segurança. Portanto é bom programar que pelo menos algum adulto vai ter que ficar de fora da atração cada vez.
Na Europa, achamos que maior restrição era mesmo o fato não poder entrar com carrinho e consequentemente, ter que carregar o baby + bolsa + sacola etc.
A falta de acessibilidade em metrôs, trens e alguns lugares públicos também incomoda (descemos infinitas vezes carregando o carrinho nas escadas de metrôs e alguns museus). Então vá preparado para uma boa ginástica!
Ufa, ficou longo. Escrevi bastante e tenho certeza que teria mais coisas pra relatar aqui. Se eu lembrar de algo, voltarei… 🙂
Veja aqui minhas dicas para viajar com crianças um pouco maiores, de 2 a 5 anos!
3 Comments
Flicka
Adorei as dicas!! Com certeza qdo meu pequeno estiver um tico maior vou recorrer a esse post. 😉
guilherme bittencourt
Uma dica que eu posso acrescentar é o pirulito na hora do vôo(decolagem e pouso). Fiz uma viagem para a Europa em abril e minha filha tem 2 anos. Sempre viajamos a noite para o tempo de vôo nao parecer tão longo, e para nossa filha ficar dormindo. Ela dormiu ainda esperando o embarque, mas na hora de decolar a pressão no ouvido a fez acordar e ficar chorando. Na volta, comprei um pacote de pirulitos no freeshop. Resultado, Sofia, minha filha, não sentiu o ouvidinho e ficou quietinha com o pirulito. O porém é a mão melada, mas nada que um lenço unidecido não resolva.
Parabéns pelo Blog. Felicidades.
Adriane Jungues
Boa idéia Guilherme, vou tentar lembrar de levar pirulitos nas próximas viagens!! Thanks!